segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sete Soldados da Vitória – Volume 5 de 8

Se você não viu, aqui estão os posts do Volume 1, Volume 2,  Volume 3 e Volume 4

Nessa edição mais duas séries se encerram, naquelas, com final bem aberto, enquanto outras duas começam.

Zatanna, apesar de várias viajadas fortes no decorrer da minissérie foi uma das melhores até agora. Tudo bem que o confronto final com Zor foi uma dessas viajadas e, até agora estou tentando entender o que foi aquilo. Mas a participação de Misty, Vanguarda, o retorno ao cenário do Pântano são bem legais.

Agora, o momento mais importante da revista é quando, depois de derrotar Zor, Zatanna conhece os “sete desconhecidos” (será que isso é realmente possível conhecer os desconhecidos?) é uma grande viagem que não dá para sabe no momento se liga realmente com a história ou se é uma jogada metalingüística.

O que salva é a última cena da revista, Misty voltando com Vanguarda e vários outros cavalos voadores e dizendo que a madrasta dela (a rainha dos Sheeda) está preparando uma invasão. Fala se não é o tipo de cena que dá raiva por ter que esperar até o oitavo número?

O final de Klarion, o Menino-Bruxo teve um ritmo bem legal. Depois que você se acostuma com a idéia de que a série se passa em um ambiente bem surreal (uma vila reclusa de bruxo conservadores que usam zumbis como operários), o resto dessa edição funciona bem.

Na verdade essa edição está 10/10. A arte é fenomenal, o ritmo é excelente, muita ação, muito humor negro, bem divertido. E, seguindo aquele plano mestre do Morrison de integrar as séries, em Klarion o corpo de Melmoth é destruído e ele vira a criatura que vai perseguir Zatanna e aparentemente está no potinho dela.

Sobre as estréias... Não gostei nem um pouco de Sr. Milagre. Junto com Zatanna ele é o “Soldado” mais conhecido. Também já foi membro da Liga da Justiça, está ligado aos Novos Deuses, mas aqui vemos uma história totalmente confusa. Não dá para saber quem é esse Sr. Milagre. Ele é um escapista, conhece o Metron, mas todo o resto parece bem fora de lugar.

Pasqual Ferry tem o traço ideal para esse tipo de história meio espacial, que exige cenas grandiosas, cheias de luzes, energias pra lá e pra cá.

De todas as minisséries até agora, Projétil é que tem a origem com mais cara de história em quadrinhos.  O marido de Alix Harrower criou um metal que capaz de cobrir a pele humana e torná-la praticamente invulnerável e imune ao envelhecimento. É claro que ele testa nele mesmo, dá errado, Alix acaba se contaminando. Ele morre e ela e depois ela acaba virando super-heroína.

Uma coisa legal é uma daquelas idéias que só poderiam sair da mente pervertida de Grant Morrison: O marido de Alix traia ela virtualmente em site de super-heróinas, obviamente aí tem uma ligação com outro título, uma cena do prólogo na primeira edição.

Assim como a série é bem “super-herói” comum, o desenho de Yanick Paquette também. Nada de mais nele, pelo menos nada que o destaque como os outros, mas é bem feito.

A resenha do Nasi está nesse link do UHQ.

Depois de quatro números essa foi a primeira resenha que o Nasi para de exaltar a teórica interação entre o público leitor da série e fala sobre as histórias em si. Aliás, descobri várias coisas lendo o texto dele.

A mais importante foi o porquê eu não estava entendendo nada na história do Sr. Milagre: “Scott Free, que vestia o manto anteriormente, foi substituído por Shilo Norman, seu assistente.” Isso ajudou bastante! Talvez eu até entenda a próxima história, quem sabe!

Insisto, a revista é legal, mas não me parece até aqui uma obra tão grandiosa a ponto de merecer 4,5. Contudo, como ficou claro o Nasi sabe de várias coisas que eu não sei... melhor não questionar tanto. 

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