sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sete Soldados da Vitória – Volume 4 de 8


Se você não viu, aqui estão os posts do Volume 1, Volume 2 e Volume 3

Sinceramente não via a hora dessa edição chegar pois queria saber como seria um final de minissérie. Se você não sabe, essa viagem que o Morrison criou é formada por 7 minisséries independentes que se tangenciam formando uma grande história.
 
Aqui o Guardião de Manhattam e o Cavaleiro Andante terminaram e bem, lembra aquilo que eu falava sobre esperar para ver até onde o cara consegue chegar, com essas duas minisséries ele não conseguiu chegar muito longe não. 

Cavaleiro Andante mostra o retorno dos Sheeda, os mesmos de destruíram Camelot, para nossa época, prontos para realizar novamente a tal “ceifa”.

Tem cenas ótimas eu confesso, como a página 28 onde Galahad ataca Justin e ele foi desenhado de forma a parecer ter seis braços (como se estivesse se transformando em uma aranha, criatura sempre ligada aos Sheeda). Outra idéia legal é Justin ser na verdade uma garota. 

Fora isso a batalha contra os Sheeda é muito viajada. Tem uma mistureba de magia, tecnologia e força-bruta que acaba perdendo em toda essa confusão o lado de cavalaria que a série poderia ter. Não dá para entender exatamente como acabou a série e no final, você fica mais ansioso ainda por algum tipo de final. 

Guardião de Manhattam é outra viagem alucinógena. Esqueça qualquer idéia dessa ser uma minissérie sobre um herói urbano. A última parte conta a história de Ed, o bebê gênio e seu grupo de sete crianças que acabaram “descobrindo” o segredo do pântano lá da primeira história da primeira edição. Retoma o exercito de pequenas fadas, o costureiro misterioso, e todos os elementos Sheedas que parecem ser os grandes vilões da história. 

Termina com uma grande cena de ação com o Gardião fugindo dos Sheedas com o Ed. Salvo essa edição que foi um pouco diferente, até agora foi a pior minissérie. Vamos ver como se amarra com tudo no final. 

As outras duas séries estão perto do fim, mas não acabaram ainda. 

Klarion, O Menino-Bruxo, que abriu a revista tem uma edição mais dinâmica, com bastante ação, e conta, mais ou menos, a origem da Cidade-Limbo. Novamente as cores e a arte da revista dão mais destaque para ela que a própria história. 

Fechando, em Zatanna tem uma grande revelação sobre Misty, ela é a princesa dos Sheeda que a rainha mandou assassinar mas Nebulo não teve coragem e se recusou a cumprir sua obrigação. 
Aqui tem um paralelo muito grande com a história de Cavaleiro Andante. Na verdade ela complementa a parte sobre Vicenzo, o chefe imortal e Vanguarda. Muito interessante a participação de Ali-Ka-Zoom, tanto nessa história quanto na aventura dele quando criança mostrada em Guardião. Talvez ele tenha sido aproveitado aqui com esse ar todo decrépito do que em toda sua carreira como vilão.

Olhando o plano geral até agora, dá para ver algo maior se formando, uma linha do tempo cheia de ciclos que parte desde a antiguíssima Camelot até a atual destruição que está tomando forma agora. 

Não sei exatamente onde a vila do Klarion entra nessa história, obviamente eles são Sheedas, mas dissidentes, em algum ciclo eles optaram por se ocultar na Cidade-Limbo e se tornar uma coisa a parte. 

Até agora não vi o Morrison fazer aquilo que ele falava no prefácio de mexer nos personagens com tanta ousadia e sem amarras. Ele não levou nenhum personagem a nenhum extremo até o momento. Só tentou forçar nossas mentes. 

***

A resenha do Eduardo Nasi no Universo HQ está aqui 

O Nasi continua inflando a série pela sua complexidade. Realmente, é absurdamente complexa e cada vez mais começo a achar isso mais um defeito do que uma virtude. 

Agora uma coisa eu concordo, a qualidade visual da série não seria possível 5 anos atrás e 10 anos atrás poderia ser um completo acidente de trem. 

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