segunda-feira, 18 de abril de 2011

Diletante Profissional

A quem interessar possa estou atendendo no endereço eletrônico

http://diletanteprofissional.blogspot.com.br/

terça-feira, 27 de abril de 2010

Battlestar Galactica

Vamos tentar de novo.

Esses tempos assisti a excelente série Battlestar Galactica (o remake). É um tanto difícil definir a série que faz uma releitura de um clássico de Sci-fi para TV.

A Galactica original foi produzida com refugos de Star Wars e, apesar dos poucos recursos tecnológicos da época, conseguiu impressionar muita gente.

A nova versão até poderia contar com mais recursos - tanto financeiros como tecnológicos - mas acaba acertando em cheio ao se ater ao básico.

Sem exageros, sem forçadas de barra para produzir um espetáculo visual a série se sustenta com uma trama muito boa e atores que caíram muito bem para o personagem como Edward James Olmos no papel do líder militar da Frota Estelar, Coronel (posteriormente Almirante) Adama.

A trama principal da série é a sobrevivência dos últimos humanos após o ataque dos Cylons - robôs criados pelos humanos que evoluíram e agora possuem modelos que, inclusive, se parecem com os humanos.

Os humanos sobreviventes têm que abandonar seu lar nos sistema planetário conhecido como "As Doze Colônias" e parte para o espaço em busca de uma lendária 13ª Colônia de localização desconhecida: a Terra.

Interessante notar que não é uma série sobre grandes explorações espaciais. O espaço e as naves são o cenário onde se desenvolve a história, contudo não espere encontrar alienígenas estranhos. Aparentemente os únicos viajando por aí são os humanos e sua criação que se voltou contra eles: os Cylon.

Vale a pena ver Battlestar para acompanhar as discussões políticas, religiosas e científicas desenvolvidas nos episódios. Vale também por episódios com muita ação e tensão, como "33 minutos" logo no começo da série e o Motim que desenrola na última temporada. E, é claro, impossível não viver aquele suspense ao descobrir quem é ou quem não é um Cylon infiltrado na Frota Estelar.

De cabeça não vou conseguir reproduzir duas das minhas falas preferidas de Adama, mas é algo mais ou menos assim:

1- A presidente pede para os militares passarem a policiar as naves, já que eles são os únicos com o treinamento necessário.
Adama: ... A função da polícia é servir e proteger o povo e a função do exército é combater os inimigos do povo. Quando os militares passam a agir como policiais a situação tende a ficar confusa e o inimigo pode passar a ser o povo.

2- Uma personagem Cylon pergunta para o Adama após ele lhe dar uma missão muito importante: Como o senhor sabe que pode confiar em mim?
Adama: Eu não sei. E isso é que realmente é confiar.

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Leia também sobre a série original nesse completo texto do Adriano no Pop Balões

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Série de Séries: Lost



Acho que é impossível abrir uma série de posts sobre séries sem falar de Lost.

Lost é importante por dezenas de motivos: atraiu o grande público para um tipo de série que normalmente ficaria relegada à nichos de fanboys;
ofereceu algo extra para esses fanboys se sentirem mais fãs que o grande público (os ARG`S, wiki sites e uma gigantesca convergência cultura);
inovou na narrativa (tanto com os flashbacks e flasfoward quanto com o trabalho com um elenco grande onde cada personagem é mais do que apenas um coadjuvante);
é praticamente atemporal (pegar os dvd´s hoje e assistir é tão interessante quanto ter acompanhado quando passou);
mas, o mais importante, é que é uma série legal e muito intrigante.

Já disse que comecei muito tarde a ver Lost - somente no ano passado peguei os boxes da série e comecei a assisti-los. Acho até que gostei mais de ver dessa forma. A série é algo que te prende tanto que ter que esperar ano a ano as folgas entre as temporadas americanas, ou mesmo esperar entre as semanas deve ter sido uma tortura. Já sinto isso pela 6ª Temp. que estou assistindo agora pela TV porque não agüentaria esperar os DVD´s .

Assim como não sei explicar os mistérios da Ilha, também não sei justificar o sucesso dela. No máximo, consigo elaborar algumas teorias como esse texto no Pop Balões.

Mas depois de ver a quinta temporada e o primeiro episódio da 6ª posso dizer sem dúvida que é algo que precisa ser assistido.

Pra fechar vale dizer que das 5 temporadas fechadas as minhas preferidas são a 2ª - com a escotilha, o salto de fé que é apertar o botão a cada 108 minutos- e a 5ª quando conhecemos vários pedaços da história da ilha e ela se mostra um cenário muito complexo e interessante.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eu só queria passar



Ontem quando andava pelas proximidades do metrô Anhagabaú, logo cedo, me deparei com um caminhão pipa que bloqueava toda a calçada e ficaria ali por um bom tempo - usariam a água do caminhão para lavar uma longa escadaria (que pode ser acessada por outro lugar, é claro, mas ali é mais cômodo para o caminhão e os funcionários).

Assim como várias outras pessoas fui obrigado a disputar o espaço da rua, reservado para os carros de passagem e arriscar minha segurança devido ao caminho obstruído pelo dito cujo.

Então, no espírito da série de fotos "por onde eu passo" (do Flickr do Eduardo Nasi) tirei uma foto da cena (a mesma que ilustra esse post) e tuitei ela.

Até aí, nada de diferente, apenas alguns retuites de pessoas que gostaram do flagrante. O interessante aconteceu no fim do dia, quando a Sabesp começou dar explicações através do seu twitter sobre o ocorrido.

Segundo a Sabesp o caminhão não pertencia a empresa e sim a um contratado da Subprefeitura da Sé que foi prontamente notificada e, ainda segundo a assessoria da Sabesp, se incumbiu de advertir o motorista do caminhão.

Confesso que fiquei impressionado com a repercussão da foto que levou a um resultado que eu nem imaginava. Eu só queria passar mesmo e quis dividir com meus amigos esse fato.

Agora, isso levanta um questão muito importante: estamos sendo vigiados.

Não digo que isso seja exatamente ruim, se você não está fazendo nada de errado, não tem porque se preocupar com o monitoramento de sua autodivulgação virtual.

Nesse caso em específico esse monitoramento trouxe um resultado positivo: apontei um problema sem usar os canais oficiais para isso e ele teve, pelo menos, um acompanhamento dos responsáveis.

Mas fica aqui um ponto para refletir: tudo que você lança na internet se torna público e essas falas aparentemente insignificantes são analisadas por milhares de sistemas de busca que monitoram palavras específicas e filtram para diversas pessoas ou empresas o que diz respeito a ela.

Obs: O Eduardo Nasi e o Marcelo Soares fizeram duas observações importantes sobre esse caso: 1- a única indentificação no caminhão é o logotipo da Sabesp. A empresa tem que pensar em sua imagem e escolher melhor onde estampa sua marca, pois, situações como essa podem causar várias confusões sobre quem é responsável pelo caminhão.
2- A Subprefeitura advertiu a empresa, mas porque não multá-la? Será que a empresa tem permissões que sobrepõe o fato óbvio que lugar de veículos motorizados e na rua e não na calçada?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um mundo em IMAX



Não sei se o formato IMAX vai pegar. De cara há dificuldade de se construir novas salas - o investimento grande e, apesar do retorno notório, parece depender de um espaço físico impraticável para a maioria dos Multiplex. Justamente em consequência disso o acesso a esse formato é limitadíssimo. A única sala IMAX de São Paulo gerou uma espera de semanas para ver o Avatar e provavelmente terá mais procura conforme filmes melhores surjam utilizando bem a tecnologia.

Fora as questões técnicas tem a discussão sobre aproveitamento ideal desse formato. Não há dúvidas que ver um filme em IMAX 3D é um grande espetáculo. Mas acaba valendo mais pela curiosidade do que o filme em si.

Assistindo os trailers antes do Avatar nota-se que a utilização de Cameron do formato está longe do ideal. Só o trailer de um documentário sobre o fundo do mar já causa muito mais deslumbramento do que o filme todo.

Vendo o Avatar fica a impressão que não foi levada em conta nossa capacidade de assimilar tanta informação visual. A cada cena existe tanta coisa para se olhar, tanto detalhes magnificados que você facilmente esquece da história e sofre para acompanhar as legendas (ok, nem precisa prestar muita atenção para entender uma história tão básica como Avatar, mas algo mais complexo deixaria muitos expectadores perdidos).

Ainda há mais um grande problema decorrente dessa carga visual: a movimentação de câmeras. Quando vi um trecho do Harry Potter em IMAX fiquei impressionado como era perfeito para cenas em um cenário limitado onde apenas os atores se movimentavam. A sensação era de se estar em um teatro com atores ao vivo na sua frente.

Com as intermináveis sequências de ação vertiginosa do Avatar, em pouco tempo já estava com dor de cabeça. Tudo se movia muito rápido e com um excesso de brilho, simplesmente não há tempo para o cérebro se adaptar as informações. Isso em uma experiência de quase três horas é o suficiente para causar convulsões como as atribuídas aos desenhos antigos do Pokemón.- aliás, a duração bem desnecessária, afinal para contar aquela trama rasa 90 minutos seriam mais que suficiente.

A despeito de todo o faturamento do Avatar, o suficiente para lhe garantir vários Oscars, duvido muito que seja o formato IMAX ou mesmo o 3D comum a grande salvação do cinema, pois, o deslumbramento com a tecnologia passa muito rápido. No fim o que sempre vai levar as pessoas ao cinema é a ansiedade de ver um bom filme e isso não está diretamente relacionado ao formato e sim a boa utilização da técnica que se quiser explorar.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

4 anos - parte 2

Ainda que a gente tente evitar, datas são importantes. Sem dúvida o aniversário de 4 anos do Pop Balões nos ajudou a retomar novamente as atividades do site. Não é uma grande festa, nem uma retrospectiva como nos anos anteriores. Temos muito assunto para por em dia ainda.

O Oliboni expressou muito bem o que sentimos no post anterior. Nossa principal intenção é dividir as ideias e impressões que temos de tudo que lemos, assistimos, ouvimos e faz parte desse mundo maravilhoso da cultura pop.

Nós fomos os que mais sentimos falta do Pop Balões. Mesmo com os outros canais que usamos para nos comunicar ao longo de 2009 (a coluna no Universo HQ, o Twitter, a experiência do “blipcast” na Blip.Fm), gostamos muito desse espaço e buscamos conteúdos interessantes para reativá-lo.

Estamos de volta, com novas postagens e convidando para conhecer ou rever as postagens antigas. Garantimos ao menos o mesmo entusiasmo e a profundidade de sempre no tratamento dos temas que tanto gostamos. Foi com isso que conseguimos o valioso retorno do Pop Balões até hoje e é assim que queremos continuar.

4 anos

Hoje o Pop Balões completa quatro anos.

O tempo realmente é inexorável. Ele não respeita os períodos sabáticos que o Diego e eu tiramos. Não aceita nossas escolhas de nos dedicarmos mais a filmes ou livros. Não nos espera para nada. Ele segue seu rumo e pode nos deixar para trás se vamos deixando-o ir.

Hoje ele faz isso e o site completa 4 anos. No saldo disso tudo vejo que foram 4 anos de busca. Não por um espaço, não por leitores - talvez no começo fosse isso - mas hoje, nesse momento que tentamos capturar o tempo com uma rede como um cometa que passa perto do asteróide B612, vejo que sempre buscamos a mesma coisa: uma forma de nos expressar.

No fundo nossa motivação sempre foi essa: queríamos compartilhar com todos aquelas conversas longas que tínhamos sobre cultura pop, aquelas conversas que, em tempos de Big Bang Theory, seriam chamadas de papo de nerd.

E é essa busca que celebro hoje, quatro anos depois. Uma busca por uma forma, um estilo, um canal e um pouco de estofo para um punhado de ideias que voam pelas nossas cabeças.

Com certeza não achamos nada do que procuramos, mas seguimos pistas, ouvimos dicas e vamos continuar por aí. Pelo twitter, pelo blog, pelo site, estaremos sempre procurando e convidamos você para prosseguir conosco nessa viagem que nunca acaba.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Em caso de Felicidade

Como faz tempo que não posto nada aqui, hein.

Nesse meio tempo andei lendo bastante, pouca coisa de quadrinhos, na verdade, mas muitos livros excelentes.

Um dos primeiros dessa safra de boas leituras foi "Em caso de felicidade" um delicioso romance muito bem escrito por David Foenkinos.

Eu recomendo o livro fortemente à todos. É um texto muito bem escrito e uma história cotidiana com personagens fantásticos.

Quem quiser saber mais tem uma resenha minha no Homem Nerd.

Para comprar o livro clique aqui.

Ah, quem me indicou esse belíssimo livro (e me emprestou, inclusive, foi o Diego)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ponto de Fuga: Não culpe Rob Liefeld


E hoje tem coluna no Universo HQ.

Nosso Ponto de Fuga foi inspirado pelo Fanboy que afrontou o grande astro dos desenhos dos anos 90: Liefeld

Enfim, espero que goste. Leia o texto aqui

terça-feira, 25 de agosto de 2009

24 Horas – 1ª temporada


Assisti toda a primeira temporada de 24 horas e confesso que virei fã da série. Esses thrillers de ação nos proporcionam um momento de descompressão total tão bom. Tudo é tão rápido na história, tão frenético que inevitavelmente você esquece da sua vida, dos seus problemas e fica ali naquele momento Jack Bauer acompanhando os tic´s do relógio.

Vale dizer que vendo a primeira temporada eu tive a sensação de que todas aquelas listas sobre Jack Bauer ao estilo Chuck Norris´ Facts não tinham nada a ver.

A primeira temporada é muito bem roteirizada, muito bem dirigida, tem bastante ação, surpresas até o último minuto, mas Jack Bauer não é tão fodão como se falava. Não que ele não sue a camisa, mas você não vê ele realizando atos impossíveis, é tudo bem coerente.

Ainda assim a primeira temporada e fundamental para se entender como Bauer vira o sujeito super-obstinado e capaz do improvável que o torna famoso.

Esse ponto de mutação acontece perto do final da primeira temporada, no momento que dizem para ele que a filha dele morreu e ele entra no galpão onde estão os terroristas para matá-los.
Se você pensar bem, Bauer é um agente de campo, super-treinado e com grande experiência de combate e guerrilha, mas ele está em um emprego tático, quase burocrático, cheio de amarras e preocupação com o futuro da sua família. No momento que ele se vê sem nada mais para se preocupar, ele se libera e parte para cima com tudo que tem.

Aliás, é nesse estado sem travas e com muita raiva que ele começa a 2ª temporada. Onde ele parte para cima dos inimigos com tudo que tem logo de cara.

No geral, eu acho que vale a pena ver a série. Pelo menos a 1ª temporada eu já posso recomendar. A 2ª eu falo sobre ela logo mais.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gran Torino

Um update interessante ocorreu em relação ao post anterior. Eu tinha dito que passei um mês esperando Gran Torino pela Netmovies, com ele sempre como primeiro da minha lista e, curiosamente, recebi o filme hoje e já assisti.

Considero Clint Eastwood um grande ator e diretor, então tinha expectativas elevadas para esse filme que me surpreendeu mais do que esperava.

Pelo enredo – a história de um veterano da Guerra da Coréia vivendo em um bairro tomado por asiáticos que, apesar de desprezar seus vizinhos, torna-se uma espécie de herói para eles quando enfrenta uma gangue local e passa a ajudar o jovem Thao – dá para se esperar uma série de clichês. De cara você imagina o filme de “educador”, com o velho ensinando o jovem vizinho e aqueles filmes de superação onde um sujeito supostamente acabado usa sua experiência e sai vencedor diante aqueles que duvidavam da sua capacidade. Imagina também o cara realizando feitos impossíveis, mas verossímeis quando se deixa levar pelo embalo da história (como, por exemplo, em Rocky Balboa).

Você está preparado para um filme desses, ou, no máximo, um filme desses com um algo a mais. E, então, Clint vem e te surpreende com um filme brilhante, realista, nada politicamente correto sobre um sujeito vivendo em uma realidade fora dos padrões com que ele sempre regrou sua vida.

O personagem central, Walt Kowalski grunhe com os filhos e netos por achar eles mal-educados e desrespeitosos. Não mede as palavras para falar com os seus vizinhos falando todo tipo de ofensa racista que lhe vem naturalmente à cabeça. Mesmo assim, acaba encontrando nessa comunidade asiática que lhe cerca uma oportunidade para viver com dignidade que ele entende como correta.
O filme é conduzido de forma genial e acaba relacionando o personagem principal com seu Gran Torino 1972 - um carro raro bem conservado, montado com suas próprias mãos quando trabalhava na fábrica da Ford.

É interessante notar que, apesar dele ter todo trabalho para conservar o carro e se orgulhar dele, Walt não é mostrado dirigindo o veículo no filme. Ele usa uma velha picape, também da Ford.

Pensando em torno da metáfora do homem como reflexo do seu carro, faz todo o sentido essa ideia em relação ao belíssimo e surpreende final desse filme.

Para resumir em uma frase como aquelas citações de revistas e jornais para vender algo: Gran Torino é o filme onde o impossível não acontece.

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