Essa mistura de violência, suspense e limitações de poderes do herói urbano como o Demolidor funciona e forma impressionante. O segredo obviamente está no equilíbrio dos elementos e em um roteirista habilidoso. Mas, a mortalidade do personagem, sua fragilidade e sua relativa falta de mobilidade dão um toque todo especial.
Pegue por exemplo alguém que voa. Se ele sabe que a esposa está com problemas do outro lado da cidade ele sai voando e, mesmo que chegue um segundo atrasado, estará lá rapidamente. O Demolidor não. Terá um longo e tortuoso caminho correndo, saltando, ouvindo gritos, sussurros tudo sem poder fazer nada.
Isso abre tantas possibilidades para o personagem que e surpreendente. É claro que nada disso tira o mérito de um bom roteirista e desenhista, pois sem eles, nada se salva.
O Pantera Negra, por exemplo, com vários elementos interessantes agora que virou uma extensão do Quarteto Fantástico está bem sem graça. O único atrativo dessa edição é continuar diretamente a minissérie Marvel Zombies do ponto em que ela parou. Para quem leu e gostou a da mini, pode ser um belo atrativo.
Finalmente em Justiceiro: Diários de Guerra vemos aquelas coisas que parecem que não combinam, mas dão certo: o traço Ariel Olivetti e a revista, o ex-vilão nerd Stuart Clark e o Justiceiro. Agora o que pra mim nunca vai fazer sentido é essa admiração pelo Capitão América que o Fraction quis montar.
Eu sei que ele construiu direito toda a história, justificou tudo, mas eu não gostei. Simples assim. Para mim não colou. Justiceiro e Capitão América para mim são dois espectros distantes do militar, um está no pôster de recrutamento e o outro está no campo comandando as operações. Não rola.
Um comentário:
Concordo sobre Justiceiro e Capitão, principalmente depois da mini de "origem" escrita por Garth Ennis. A questão toda é, Joe Quesada se reuniu com Fraction e mandou: "Vamos matar o Capitão América e para alavancar as vendas da revista você deve criar uma ligação entre os dois."
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