sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A morte de (mais) um herói


Hoje saiu um punhado de resenhas minhas no UHQ. Algumas eu já comentei por aqui, principalmente a de Marvel Action, onde a história do Pantera Negra começou a decair, outras não deu tempo.

Eu queria dar um destaque especial para duas resenhas que entraram no ar. A primeira é a bombástica, ou nem tanto assim, Os Novos Vingadores 49. É essa edição que finalmente publica aqui no Brasil a tão divulgada morte do Capitão América. Tá, tá, eu estou falando o final da história, mas a maioria das pessoas já sabia disso, se não sabiam, na resenha eu explico porque saber o final não faz diferença para a história. Até porque, a surpresa da história não é a morte e sim como ela ocorre.

É uma resenha bem longa, mas eu juntei ali algumas coisas que eu pensava sobre o fim da Guerra Civil, talvez eu seja uma das poucas pessoas que defendam o final da história da forma que foi e isso implica em defender a morte do Capitão.

No fim, nós leitores pedimos isso. Compramos, gostamos e elogiamos cada vez mais histórias que tenham mais realidade, que tenham mais cinismo, mais humor negro. Preferimos os anti-heróis, aqueles que quebram as regras, que jogam sujo que estão muito longe da perfeição. Queremos que os heróis sejam mais humanos, que suas histórias não sejam apenas verossímeis, mas que sejam quase um reality show. Provocamos essa situação e depois nos espantamos quando a editora oferece justamente o que pedimos: um herói que não é a prova de balas, alguém que sangra e morre como qualquer um.

Como eu disse no final da Guerra Civil. A ideologias mudaram, nos exigimos que a lei e todas as regras práticas funcionassem nos quadrinhos. Então para atender essa exigência de pessoas que demoraram para perceber que os quadrinhos de super-heróis têm e precisam ter seus absurdos, um dos principais heróis da Marvel percebeu os problemas que causou e percebeu, agora, que pode morrer.

Como eu disse, queria falar de duas resenhas. A segunda também é de Novos Vingadores, mas da edição anterior à essa, a número 48. É aí que tem a história do retorno do Gavião Arqueiro brilhantemente desenhada por Alex Maleev fazendo uma homenagem ao pintor Gustav Klimt. Simplesmente genial.

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