quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Más traduções e propaganda enganosa


Esta semana, contrariando qualquer bom-senso, eu me arrisquei a assistir o filme Highlander: A origem. O filme original sempre foi um dos meus preferidos e como não acompanhei a série televisiva com um protagonista diferente, Duncan McLeod, me tornei um fã bem conservador esta franquia que já é bem conhecida por continuações ruins.


O que me levou a dar essa colher de chá à nova produção foi um sentimento bem comum entre leitores de quadrinhos quando vêem alguma proposta de reformulação de personagem. Afinal, com o subtítulo "A origem", parecia que este filme iria desfazer toda baboseira vista no segundo longa com Cristopher Lambert. Infelizmente, tudo era bem diferente.


Pra começar, um daqueles casos extremos de liberdade na tradução. O subtítulo original é "The Source" ou "A fonte", como é mencionada no filme. É isso que o grupo de imortais busca no filme e que pode trazer respostas sobre como eles surgiram.


Mas o desenvolvimento é tão ruim que é possível sentir sono em um filme com menos de uma hora e meia. Não existe clímax e nenhum destes elementos, a tal fonte ou a origem, é grande coisa. Apesar de ter uma idéia de final interessante para a saga dos imortais, é uma narrativa paupérrima.


Depois de assistir eu só consegui ficar inconformado como se tivesse sido vítima de um golpe. Além de um filme ruim, o título em português anuncia algo que não aparece no filme. Nenhuma história de origem é contada e não existe nenhum flashback bacana que davam o charme do filme original. Até mesmo a série de tv (que o Libone assistiu quase todo e diz que era muito boa) deve ter ficado comprometida com um final tão ruim.


Diante de mais uma produção medíocre com uma franquia tão rica, só resta evocar o bordão da série e ficar somente com o filme original: Só pode haver um.

3 comentários:

Amalio Damas disse...

Diego, eu também adoro o primeiro filme, é daqueles que viram clássico instantâneo. Agora, com relação a traduções ruins, existem milhares de exemplos, mas com certeza o mais esdrúxulo que eu conheço é o do drama/comédia Parenthood (Paternidade), com Steve Martin, Mary Steenburger, Diane Wiest, Rick Moranis e um Keanu Reeves em início de carreira num papel muito engraçado. Resumindo, o título do filme em português é "O Tiro que Não Saiu Pela Culatra". Alguém pelo amor de Deus pode me dizer como o tradutor chegou neste título que não quer dizer absolutamente nada e solucionar está dúvida que me atormenta há 19 anos!

Amalio Damas disse...

Atualizando! O DVD do filme foi lançado como Parenthood...mas com o subtítulo O Tiro Que Não Saiu Pela Culatra, meu Deus!

Unknown disse...

Amalio, ouvi dizer uma vez que as emissoras de televisão têm uma boa parcela de culpa nisso. Como elas subestimam a inteligência do espectador, escolhem esses títulos "engraçadinhos" que não dizem nada. Alguém chegou a fazer uma piada que se dependesse do Sílvio Santos, o filme Ben-Hur ia se chamar O Carroceiro do Rei.