Depois de bastante expectativa e comentários de toda imprensa durante meses, Heath Ledger foi homenageado com o Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante pela sua atuação como o Coringa em Batman - O Caveleiro das Trevas.
(Aliás, cabe uma observação: a maneira como a imprensa em geral referia-se ao filme sem mencionar corretamente o título, chamando-o às vezes simplesmente de Batman, me faz questionar se realmente o respeito por filmes de super-heróis aumentou de fato.)
Enfim, deve haver muitos fãs do Homem-Morcego comemorando felizes o resultado da premiação como, alguns talvez levantando cartazes de "Eu já sabia". Porém, a vitória de Ledger está longe de ser uma barbada.
Na verdade, tudo levava a crer que era bem pouco provável. Além da barreira existente para os filmes de heróis, a premiação póstuma era outro problema, por ser uma exceção controversa.
Além disso, este ano os filmes que puxavam a disputa se destacam justamente pela qualidade das atuações. A vantagem de Ledger foi concorrer como coadjuvante (justamente ao contrário do que alguns fãs mais entusiasmados sugeriam) e não com nomes como Sean Penn e Mickei Rourke, ambos em grandes momentos.
De qualquer forma, é uma vitória mais do que merecida e que certamente vai entrar para a história de Hollywood como o último ato de mais uma estrela que brilhou rápida intensamente antes de desaparecer.
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