quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Starman

Li a primeira metade do álbum do Starman publicado pela Panini. Muito interessante, muito interessante mesmo. 

Esse álbum republica as primeiras histórias da aclamada fase do personagem escrita por James Robinson. 

É uma história muito divertida de ler, algo atual, moderno, um herói relutante, bem pouco "heroico". Alguém que nunca gostou do legado da família, que não gostava do seu pai ser o Starman, que achava babaquice o seu irmão querer ser o próximo vestindo a fantasia, mas que, na hora que foi preciso, do jeito dele, ele foi lá e lutou. 

Ele vai assumir o lugar do pai, mesmo que não com a mesma roupa, que ele acha ridícula, nem com a mesma atitude, que ele não concorda, mas vai fazer o que é certo. Tempos novos, novos heróis, certo? 

No fim, o que importa é que é um história bem empolgante, bem divertida de se ler. Os desenhos são ótimos. 

Antes de falar do grande e óbvio problema, não gostei nem um pouco do trabalho editorial. Aqueles textos escolhidos para completar o livro, publicados por Robinson na revista original são repetitivos, datados e causam uma má sensação. A escolha é muito ruim, eles decidiram colocar os textos que falam e falam de como vai ser divertida a seção de cartas que o próprio Robinson vai responder e depois não colocam as tais cartas. 

Por que? Porque as cartas são datadas! Mas deixar a gente com vontade de ler as cartas ... não!!! Isso que é um bom trabalho editorial de encher linguiça.

Agora, o grande problema é ... oras... meu amigo o preço... não o preço em si, (porque por exemplo na Banca 2000 você pode adquirir com um bom desconto), mas a escolha do formato. 

A história deixa claro, logo no primeiro arco que tem pistas, dobramentos e desdobramentos para se ligar nas oitentas edições e nos especiais publicados nos EUA. Contudo, com capa dura, um preço considerável, uma periodicidade pra lá de indefinida e uma tiragem bem limitada... vamos combinar: qual a chace de lermos todas as edições disso no Brasil? Qual a chance de lermos metade disso? Ou mesmo um volume dois ou três com muita sorte... 

Sei lá, ás vezes eu não sei o que as editoras tem na cabeça. 

Um comentário:

Amalio Damas disse...

Eu sei, merda na cabeça e arrogância nas atitudes, aliás é fácil ser arrogante com o dinheiro dos outros.