quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Eleições

O chato das eleições municipais é que qualquer análise é extremamente pontual, não tem como eu querer me meter a falar de vários municípios, pra falar a verdade nem de São Paulo, onde eu moro e voto tenho muito condições de emitir um opinião minimamente responsável.

No geral não gosto de falar de política e acho essa história de declarar voto problemática porque parece que a pessoa em quem você vota diz muito sobre você, e, de certa forma, diz mesmo, a questão é que obviamente isso não resume você como indivíduo e conglomerado de opiniões.

Mas como estou nessa fase de transparência (que de certa forma é um termo que tem uma cara política) vou falar em quem vou votar. Na verdade é até uma coisa nova para mim que sempre anulei meu voto indicar alguém para um “cargo majoritário”. O fato é que uma série de coincidências me levaram a crer o suficiente na Soninha para no domingo confirmar um voto no número 23.

Eu tive a oportunidade de conhecer a Soninha no ano passado, antes dela sair candidata a prefeita e posso dizer que ela é uma pessoa adorável e muito interessante. As idéias dela, seus projetos, seus ideais e, principalmente, o fato que ela é extremamente consciente das vicissitudes da vida política dos entraves burocráticos da governança e de todas a dificuldades que ela vai enfrentar como prefeita. A Soninha tem uma clareza de pensamento tão forte que ela chega a sofrer por saber tudo que não vai poder fazer mesmo sendo prefeita.

Muita gente vai votar nela por ela ser diferente, “descolada”, por andar de moto, bicicleta, por ter fumado maconha e declarado isso. Algumas pessoas vão votar pelos projetos e ideais dela. Eu vou votar porque acredito que ela é uma pessoa em quem se pode confiar.

Quando a gente vota, assina um cheque em branco garantindo àquela pessoa, muitas vezes totalmente despreparada ou despudorada, a fazer o que bem entender com o nosso dinheiro retido em impostos. Como eu sou descrente em relação ao governo e acho que o dinheiro dos impostos é praticamente jogado no lixo, me nego a assinar esse cheque em branco para qualquer um. Pago meus impostos, os jogos nessa vala comum pública, e a massa manipulada que decida quem vai ficar com ele, mas eu não vou atestar para ninguém que eu não confie o meu voto.

Tem gente que segue as pesquisas e quer fazer o tal voto válido, que seria aquele que só não é perdido se você votar em alguém que vai ganhar. Eu já entendo que o voto só é válido se for em alguém em quem você possa confiar.

Assim, nessa eleição vou me valer do meu direito/dever e votar na Soninha. Às vezes, como ela tem dito em sua campanha a gente descobre que certas coisas têm jeito.

Um comentário:

Amalio Damas disse...

Bom, qui em Franca a coisa não é diferente, aliás é bem pior. Eu já não voto em ninguém faz sete anos, exatamente pelo mesmo motivo que você comentou,ou seja, não voto em quem não confio. Outro fato agravante na política é que ninguém fala sobre educação, que é a solução para todos os problemas, sem exceção. Enquanto ninguém falar sobre a educação e sua importância de forma coerente, acho que não terei candidato tão cedo.