domingo, 5 de outubro de 2008

Você quem fez o vbm 2008?


Essa história de um VMB interativo onde o espectador "decide tudo" é meio complicado. Primeiro porque não dá para deixar tudo na mão do telespectador, segundo pela responsabilidade que sobra para o suposto "eleitor" mais empurrado pelo cabresto da MTV do que qualquer outra coisa (e olha que nem estou falando do Marcos Mion influenciar abertamente várias votações como ele fez, e sim da exposição que a MTV dá as bandas e as músicas de forma desproporcional no decorrer do ano).

Daí quando o evento fica uma droga, sim, sejamos sinceros, foi tão fraquinho que nem o Mion estava aguentando sempre dá para dizer que foi uma droga, mas foi a droga que o público escolheu. 

Por falar em droga, todo mundo viu ao vivo, em um programa dito para todas as idades, que está sendo reprisado sem cortes, Marcelo D2 acendendo o seu baseado. Se alguém tentar dizer que era um cigarro normal é só reparar na segunda aparição dele, como "vocalista dos sonhos", quando ele estava tão estragado, mas tão estragado que a tal "banda dos sonhos" teve que fazer um micro show bem sem-vergonha, com uma música do próprio D2, pois de outra forma ele não teria a menor condição de improvisar.

Continuando no assunto da droga, a estréia da banda 9000 anjos, com Jr. como baterista e o refugo do Charlie Brown Jr. como complemento foi um belo de um fracasso. O som parece uma uma mistura mal feita de um instrumental pesado, punk, cantado naquele estilo meio rap como o do ... bem Charlie Brown Jr. e com uma letra que não fala nada com nada. Pra piorar parece que eles decidiram adotar um visual neo-nazista. Tudo bem que o Jr. deve estar querendo se distanciar da sua carreira anterior, mas não dá para ir do celestial para o profano de um dia para o outro e achar que vai dar certo. No geral, tanto no som quanto no visual, parece que a banda errou e feio a década em que deveria ter estreado. 

Ainda falando em droga, que dó que deu do show do Bloc Party. Uma banda tão bacana fez um fiasco pavoroso com um playback muito, mas muito mal feito. Mesmo quem não entende nada de música teria condições de perceber que era uma gravação no momento que o vocalista caiu feio do palco e continuou cantando sem mudar o tom. Diante da situação constrangedora, sobrou para o Mion dar a primeira boa piada que ele conseguiu naquela noite. De bate e pronto, a palavra veio da banda para ele que partiu para o bordão do faustão: "Quem sabe faz ao vivo". A banda não entendeu a ofensa, mas pelo menos a audência se sentiu um pouco vingada.

Aliás, a segunda e última boa piada que o apresentador fez foi quando estava falando que apresentou o VBM por três vez e que ele estava "onde nenhum outro homem jamais esteve e ninguém ali, tirando o Cesar Cielo e o Lucas Lima, poderia dizer isso". Bom, se tiver que explicar perde a graça, mas o Lucas Lima é o marido da Sandy e supostamente ... bem vocês sabem o resto da história. 

Virando o jogo e encontrando uns pontos positivos tivemos Marcelo Adnet. Surpreendente, fez um show de improviso a parte e valeu a noite. Ele quem deveria ter apresentado o programa. Aliás, quem tiver oportunidade, pode assistir ele atuando em um divertido personagem na série Cilada do Multishow, onde ele fez um coadjuvante por uns 3 episódios.

Outro acerto foi o show final do Chitãozinho e Chororó com o Fresno. Parece bem bizarro, mas deu muito certo!

Um comentário:

Amalio Damas disse...

É uma pena eu não ter TV a Cabo, pois acabo perdendo "pérolas" como essa. Imagina Fresno e Chitãozinho e Chororó? O Junior tinha que se inspirar no exemplo do Richard Carpenter, que após a morte da irmã, que era a verdadeira artista da dupla, não tentou carreira solo, simplesmente virou produtor musical. O Junior bem que podia parar de pagar mico e ainda por cima dar graças a Deus qua a irmã ainda está viva. Aliás, o filme "A História de Karen Carpenter" é bem meloso, mas serve como alerta para as garotas que ainda insistem em ficar magras ao extremo, ou para os pais perceberem o problema e eveitá-lo.