terça-feira, 15 de julho de 2008

Grandes Sagas


Este fim de semana li a Wizmania especial sobre as "grandes sagas" da Marvel e da DC. A edição está razoável, sem nada de muito interessante, mas é algo que pode servir para leitores mais novos se interarem um pouco mais sobre tudo aquilo que forma um background cada vez maior para as histórias do presente, como as vindouras Crise Final e Invasão Secreta.Na leitura tive várias impressões sobre tudo isso que já foi publicado.

Primeiro, que estes mega-eventos são relativamente recentes (começaram e meados dos anos 80) e são relativamente poucos. Isso, claro, seguindo o critério da revista que listou somente aqueles crossovers que reunem praticamente todos os heróis de cada editora. Além disso, o intervalo entre uma outra inicialmente era muito maior, de anos, e hoje temos praticamente um emendada na outra.

Essas sagas até agora foram poucas e nem todas foram boas. Isso foi outra coisa que pensei: poucas delas são grandes histórias, como Crise nas Infinitas Terras, Odisséia Cósmica e Massacre de Mutantes. Algumas são fracas e envelheceram mal, como a nova edição das Guerras Secretas originais mostrou.

E foi assim que eu lembrei daquelas que pra mim são as verdadeiras grandes sagas da Marvel e da DC mas não se enquadram na definição dos mega-eventos: Batman Ano Um, o Gavião Negro de Timothy Truman, Superman: As quatro estações, Dias de um futuro esquecido, o Demolidor das fases de Frank Miller, Kevin Smith e Brian Bendis etc.

Na verdade, essa é uma queixa que tenho desde que essa seqüência de crossovers tomou conta da Marvel e da DC, depois de Crise de Identidade. Há uma falta de diversidade nas editoras, parece que os títulos não têm mais espaço para apresentar algo que fuja do que está programado no enredo geral.

Nesse ponto acho que a Marvel está um passo à frente da DC, pois ainda consegue trabalhar com pontos de vista e ambientações diferenciadas para a situação de seu universo após a Guerra Civil. Já as histórias da DC parecem ter todas o mesmo tom, com a mesma abordagem da Crise Infinita e do ano perdido mostrado em 52. Espero que isso mudo com o tempo.

Um comentário:

Amalio Damas disse...

É Diego, parece que as editoras ainda não conseguiram achar uma fórmula para vender mais revistas e as mega-sagas vieram para ficar. O interessante é que eu sempre achei que a Marvel fazia um planejamento mais azeitado que o da DC, discordando inclusive do grande Paulo Ramos que achava o contrário, mas o tempo mostra que a DC acabou se perdendo e as conseqüências estão aí pra todo mundo ver. O que eu acho é que não existem personagens ruins e sim escritores e desenhistas que não sabem trabalhá-los, o Homem-Animal e o Monstro do Pântano estão aí pra provar. A Marvel hoje conta com um time mais afinado e de mais talento que o da DC, mas como sabemos a balança pode pender para um dos lados a qualquer momento. Infelizmente a DC é uma pequena gota no oceano da Time-Warner que não sabe trabalhar seus personagens. Já a Marvel vive disso e está dando um banho em todas as mídias. Um grande abraço.