Estou fazendo uma resenha para o UHQ sobre a edição 52 de Novos Vingadores e abri falando sobre a fragmentação da narração nas histórias atuais de heróis.
É interessante como o mercado americano criou uma lógica comercial que beira a um contrasenso de longo prazo. Em algum momento os editores decidiram que seis partes (edições) seria a medida ideal para um "arco" de histórias. A escolha tem diversas razões, inicialmente seis edições representam meio ano de histórias o que facilita o planejamento da editora e é tempo suficiente para ver a aceitação do público para aquele material. Em segundo plano tem a questão que seis edições parecem ter o melhor custo/benefício (para editora, é claro) na reorganização dessas histórias na forma de um encadernado.
Algo que se tornou corrente inclusive, principalmente na Marvel, foi lançar títulos como mensais e, depois de seis edições, em vez de dizer que eles foram cancelados "rebatizam" as revistas como minisséries.
Apesar de isso funcionar a curto prazo, dar vários "pontos de entradas" para leitores novos e velhos, essa prática tem formado uma geração de roteiristas imediatistas que não conseguem pensar em uma história longa, apenas pequenos contos de seis partes que, com muita sorte, podem ser remendados com mais outras seis partes que podem ou não pavimentar o caminho para uma continuação.
Nessa lógica de história fragmentadas acabam se destacando roteristas como Bendis, Brubaker e Straczynski que passam vários anos trabalhando em um título, construindo uma história onde cada pequeno pedaço se encaixa em um ponto ou outro, conseguindo um resultado final no mínimo interessante.
Só um roteirista assim conseguiria preparar o terreno para fazer algo como o que Brubaker fez em Capitão América: matar o personagem principal e poder continuar o título contando uma excelente história.
Essa falta de visão a longo prazo dos editores que tem sobrevivido em alguns poucos roteirista é uma das coisas que aos poucos vai envenenando os quadrinhos de super-heróis e destruindo toda a indústria que foi construída. Pois vejam só: os quadrinhos de super-heróis são uma novela sem fim quem vem sendo contada há décadas e deveria continuar por outras tantas inúmeras décadas, contudo, como ir tão longe com uma visão cada vez mais míope.
É interessante como o mercado americano criou uma lógica comercial que beira a um contrasenso de longo prazo. Em algum momento os editores decidiram que seis partes (edições) seria a medida ideal para um "arco" de histórias. A escolha tem diversas razões, inicialmente seis edições representam meio ano de histórias o que facilita o planejamento da editora e é tempo suficiente para ver a aceitação do público para aquele material. Em segundo plano tem a questão que seis edições parecem ter o melhor custo/benefício (para editora, é claro) na reorganização dessas histórias na forma de um encadernado.
Algo que se tornou corrente inclusive, principalmente na Marvel, foi lançar títulos como mensais e, depois de seis edições, em vez de dizer que eles foram cancelados "rebatizam" as revistas como minisséries.
Apesar de isso funcionar a curto prazo, dar vários "pontos de entradas" para leitores novos e velhos, essa prática tem formado uma geração de roteiristas imediatistas que não conseguem pensar em uma história longa, apenas pequenos contos de seis partes que, com muita sorte, podem ser remendados com mais outras seis partes que podem ou não pavimentar o caminho para uma continuação.
Nessa lógica de história fragmentadas acabam se destacando roteristas como Bendis, Brubaker e Straczynski que passam vários anos trabalhando em um título, construindo uma história onde cada pequeno pedaço se encaixa em um ponto ou outro, conseguindo um resultado final no mínimo interessante.
Só um roteirista assim conseguiria preparar o terreno para fazer algo como o que Brubaker fez em Capitão América: matar o personagem principal e poder continuar o título contando uma excelente história.
Essa falta de visão a longo prazo dos editores que tem sobrevivido em alguns poucos roteirista é uma das coisas que aos poucos vai envenenando os quadrinhos de super-heróis e destruindo toda a indústria que foi construída. Pois vejam só: os quadrinhos de super-heróis são uma novela sem fim quem vem sendo contada há décadas e deveria continuar por outras tantas inúmeras décadas, contudo, como ir tão longe com uma visão cada vez mais míope.
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