
Olá pessoal,tem um comentário no Post anterior que eu vou repoduzir aqui para abrir a discussão e vou aproveitar para criar um novo canal. Sempre que vocês tiverem algo para comentar de algum texto, me mandem por e-mail (popbaloes@popbaloes.com) e eu abro um post aqui para comentários e bate-papos.
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Ah, eu não quero comentar sobre o post. Do contrário, quero falar do artigo sobre Batman: Um ano depois, mas o mural me parece uma ferramenta em enorme desuso!Cara, eu sou obrigado a discordar da matéria! Sim, o Batman teve fatos escabrosos em sua vida nos últimos anos (como a Leslie assassina), mas as aposentadorias de Bullock e Gordon não tinha sido uma dessas agruras! Muito pelo contrário, era um avanço e tanto, realisticamente falando... Voltar com os dois policiais me parece um ato infantil e preguiçoso, com uma justificativa amarga de se engolir. Digo preguiçoso porque Akins e sua turma podia (e geravam) boas histórias, basta ver Gotham Central, mas exigiam mais trabalho por não serem de fácil reconhecimento pelo grande público.Daí vem essa medida preguiçosa, trazer o Gordon de volta! Pra mim, isso só se justifica se, daqui em diante, acontecer justamente o oposto do que o autor da matéria sugere: desconectar totalmente o universo do Morcego da cronologia da editora e de sua própria cronologia, e contar sempre histórias soltas, sem preocupações com fatos que já ou não aconteceram, fazer do Batman sempre um "All-star": manter todos os elementos clássicos e contar as histórias que der vontade...
Lucas Ed.
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Ah, eu não quero comentar sobre o post. Do contrário, quero falar do artigo sobre Batman: Um ano depois, mas o mural me parece uma ferramenta em enorme desuso!Cara, eu sou obrigado a discordar da matéria! Sim, o Batman teve fatos escabrosos em sua vida nos últimos anos (como a Leslie assassina), mas as aposentadorias de Bullock e Gordon não tinha sido uma dessas agruras! Muito pelo contrário, era um avanço e tanto, realisticamente falando... Voltar com os dois policiais me parece um ato infantil e preguiçoso, com uma justificativa amarga de se engolir. Digo preguiçoso porque Akins e sua turma podia (e geravam) boas histórias, basta ver Gotham Central, mas exigiam mais trabalho por não serem de fácil reconhecimento pelo grande público.Daí vem essa medida preguiçosa, trazer o Gordon de volta! Pra mim, isso só se justifica se, daqui em diante, acontecer justamente o oposto do que o autor da matéria sugere: desconectar totalmente o universo do Morcego da cronologia da editora e de sua própria cronologia, e contar sempre histórias soltas, sem preocupações com fatos que já ou não aconteceram, fazer do Batman sempre um "All-star": manter todos os elementos clássicos e contar as histórias que der vontade...
Lucas Ed.
5 comentários:
Como este é um lugar democrático, vou responder dentro do mesmo tópico, com um comentário a um post aberto por um leitor.
É sempre difícil e polêmico avaliar se grandes mudanças como a saída do Comissário Gordon das histórias do Batman foram negativas, pois no quadrinhos nem sempre há uma relação direta entre boas idéias e boas histórias. Com certeza, o retorno de Gordon ajuda a dar um pouco mais de coerência ao cenário, já que ninguém conseguiu dar conta de redefinir de uma forma interessante sem ele - a não ser uma revista que não tinha a proposta de mostrar o Batman. (continua)
Na matéria, procurei apontar esta maior verossimilhança como uma das causas da melhoria na revista do Batman, mas há outras, como o novo entrosamento entre a Dulpa Dinâmica e a equipe de criadores.
Mesmo assim, quando se trata de atrair novos eleitores, que em geral são atraídos primeiramente por outras mídias, como o cinema e a televisão, a permanência de certos elementos é um fator a ser explorado e é preciso ter isso em mente para compreender as mudanças promovidas pela DC.
No fim, como disse no texto, tantas mudanças não se justificariam se o resultado final não fosse tão interessante, o que as sagas anteriores ficaram devendo, por mais inovações que propusessem.
O grande dilema dos quadrinhos de super-heróis das duas grandes, Marvel e DC, na atualidade é esse mesmo, optar por uma cronologia amarrada em um universo "coeso" ou por histórias independentes, porém com qualidade. Outro aspecto é a manutenção do "produto", ou seja, o não envelhecimento dos heróis, que tem 70 anos com corpinho de 30. Nisso, os japoneses e os europeus saem ganhando, porque seus personagens tem data de validade, por mais longevas que sejam suas séries. O problema da Marvel e da DC é que elas não querem largar o osso, ou seja, porque vou matar meus personagens se eles rendem um dinheiro muito bom. A solução ao meu ver é manter os personagens atemporais, como por exemplo, Peter Parker terá 15 anos, residirá com a tia e namorará Mary Jane Watson pra sempre. Assim, vários artistas de forma rotativa trabalhariam com este conceito.
Amalio,
você tocou num ponto importante que eu tinha abordado no meu comentário: se é pra ficar voltando com esses elementos clássicos, então vamos chutar a cronologia toda, e contar histórias atemporais. Tipo a Turma da Mônica e os personagens da Disney, e essa comparação não tem a idéia de ser perjorativa, muito pelo contrário.
O que me irrita é fazer uma inovação bacana e corajosa (aposentar o Comissário Gordon) e, com uma justificativa pífia (o DP de polícia de Gotham ter se tornado corrupto) trazem ele de volta, ao invés de se esforçar para escrever e emplacar boas hitórias com Akins e sua turma.
Grandes mudanças aconteceram com Robin e Batgirl e funcionaram, mas precisaram de gente que segurasse a bomba no colo e tocasse a idéia pra frente.
Um problema sério é que muitas vezes um roteirista propôe uma mudança e não fica no título para dar continuidade. Ainda por cima parece haver poucos editores com pulso firme para direcionar a continuidade dos novos escritores. Aí começa a bagunça, tudo vira uma contradição e nem o que vem antes nem o que vem depois tem um sentido que faça aquilo parecer bom.
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